domingo, 14 de agosto de 2011

Sobre o que desejamos obter


Sobre ter cuidado com que deseja "porque pode obter", tem mais a ver com obter finalmente, do que com desejar algo ruim de que possa se arrepender depois.
Para que um desejo se mantenha vivo, o objeto tem que se manter eternamente ausente, porque fatalmente quando se obtem, cessa o desejo, cessa a euforia, cessa a angústia de querer. E quando cessa a angústia, cessam também as forças que criamos para nos mover, para mudar, para atingir.
Foi o que um professor meu disse uma vez, e eu nunca tinha entendido; "angústia, é algo positivo!", na época eu tinha achado ridículo. Angústia, do Alemão; angst. Significa medo, ansiedade. E não é no medo que os instintos humanos de sobrevivência se aguçam? Não é na ansiedade que de repente convertemos a angústia em soluções?
Dá para concluir que a vida não é feita de sonhos que realizamos, mas dos sonhos que sonhamos até concretizá-los. E que melhor seria não guardar todas as boas sensações e vivências para as projeções futuras, e começar já a viver o bom da vida. Enquanto sonhos, são sonhos e ainda há em você sua propria versão potencializada positivamente, querendo simplesmente, alcançar.